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Seja Bem vindo(a) ao 1º módulo da Capacitação em Gestão Tecnológica e Mídias no Contexto Escolar.

Neste módulo vamos abordar os aspectos envolvidos na gestão das tecnologias e mídias no contexto escolar visando potencializar o seu uso.

Vamos analisar e compreender conceitos fundamentais relacionados à temática e repensar o papel das tecnologias e mídias em várias instâncias do processo educacional.

Bom curso!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Redes Sociais e Educacionais

Fonte: http://www.telecursotec.org.br/noticias.php?id=133 em 10/05/2010

Em Montes Claros, blog do TEC na plataforma Ning é exemplo de colaboração entre alunos e professores

“A dúvida de um pode ser a de muitos”. Quantas vezes não ouvimos frases parecidas nos bancos escolares? Pois, em tempos de comunicação rápida e onipresente nos meios digitais, o incentivo à troca de experiências vale também para os professores.

Não sabe como abordar determinado tema com sua turma? Não consegue instalar o software educativo necessário ou encontrar um bom vídeo que ilustre a lição? Basta pedir a palavra em uma das comunidades, chats, fóruns, blogs ou redes sociais que você visita e a ajuda certamente virá.

O sonho de Lourdes Matos – Orientadora de Aprendizagem de Administração Empresarial em Montes Claros (MG), na foto – é que este potencial colaborativo extrapole os grupos de trabalho do PFC (Programa de Formação Continuada) do Telecurso TEC mineiro. E que mobilize professores de todo o país em torno de uma causa essencial: diminuir a exclusão digital e o abismo tecnológico que separam muitos deles de seus alunos.

“Ning, Orkut, Facebook, todas as redes de aprendizagem podem ser customizadas a serviço da educação. O problema é quando o professor não domina este universo no mesmo grau que a turma. Com medo de perder a autonomia, ele inibe as iniciativas digitais e acaba excluído”, avalia Lourdes, que também atua como multiplicadora do NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) do Proinfo.

No caso do Cesec (Centro Estadual de Educação Continuada) de Montes Claros, a ausência de um laboratório de informática constituiu a primeira barreira para que a OA abrisse um canal efetivo de colaboração.

Apesar do acesso relativamente fácil dos alunos do Telecurso TEC a lan houses e telecentros comunitários de informática havia, ainda, o desafio de alfabetizá-los digitalmente. Foi o primeiro passo de Lourdes antes de envolver os estudantes na ampliação do blog da escola, criado por ela na rede Ning.

“No começo, só um aluno meu sabia mexer no computador. Consegui horário para capacitá-los no laboratório da NTE, destinado a professores, e comecei um processo longo de sensibilização”, ela recorda. Em grupos de quatro a seis pessoas, eles aprenderam noções básicas de navegação, abriram e-mails pessoais e, pouco a pouco, vêm mudando a cara do blog do Cesec.

“Lancei o site em abril e todos da direção e biblioteca, além dos docentes, se cadastraram. O blog era doméstico, com anúncios de aniversários e calendários de reuniões, somente. Agora, com a adesão dos alunos, teremos um ambiente colaborativo de fato”, anseia Lourdes.

Desenvoltura on-line

As primeiras dinâmicas envolvendo pesquisas de temas predefinidos e postagens espontâneas no site tiveram saldo positivo. Apesar das deficiências gramaticais – que motivaram um trabalho conjunto com a professora de Português –, a OA relata que os alunos do TEC demonstraram uma surpreendente capacidade crítica.

“Em um post sobre as maiores riquezas do planeta, a discussão foi do plano administrativo ao filosófico. Há turmas de graduação que não conseguem ter tanta desenvoltura em fóruns não presenciais”, elogia Lourdes, ex-tutora de cursos universitários na modalidade a distância.

Experiências individuais também estão fazendo a diferença nesta interação.

“Nosso livro citava um documento sobre as dificuldades da abertura de empresas no Brasil. Achei o texto na web e postei-o no blog, mesmo sabendo que era bastante técnico”, exemplifica a professora. “Não imaginava que um dos alunos tivesse tanta vivência profissional na área. Ele traçou um paralelo do que leu com a implantação da filial onde trabalha, o tema cresceu e voltou à sala de aula”, conta.

A desenvoltura no mundo digital tem tudo para facilitar a inserção dos estudantes no mercado de trabalho local. Depois do susto de serem dispensados de vagas de estágio por falta de conhecimentos em informática, alguns alunos se organizaram: apertaram o orçamento para comprar um computador ou matricular-se em escolas de informática especializadas. Agora que já surfam na maré digital, podem usar o Balcão de Oportunidades do novo blog para divulgar e receber vagas de emprego e trocar dicas de carreira.

Cada rede, uma dinâmica

Para os docentes, a chegada do TEC e a construção do blog simbolizam o amadurecimento da cultura tecnológica, que era bastante tímida. Nos últimos meses, a escola comprou um datashow, as aulas de núcleo comum estão mais multimídia e levar o notebook para a sala de aula tornou-se um hábito.

São as iniciativas básicas, afinal, para que os educadores garantam presença onde seu aluno já está. Lourdes é usuária assídua de serviços de mensagem instantânea, tem perfis em redes sociais como Orkut, Facebook, hi5 e Sonico e garante: em todas elas, esbarra-se com pelo menos um aluno do TEC.

“É preciso conhecer as características de cada uma para entender se há um aproveitamento educacional. A graça do Twitter, por exemplo, está nas respostas curtas e rápidas a partir do tópico disparado, exigindo acesso contínuo à web, que nossos alunos não têm”, pondera.

Já o Ning é a sugestão da professora para quem, mesmo sem muita experiência, deseja fazer bonito no mundo digital.

“Ele é fácil de mexer e permite a criação de uma rede personalizada. É mais dinâmico que um site comum, oferece a pronta resposta típica dos blogs e traz o apelo visual das comunidades, pois cada membro cria o seu perfil, posta enquetes, vídeos e textos”, ensina Lourdes.

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