Senhor(a) Gestor(a)


Seja Bem vindo(a) ao 1º módulo da Capacitação em Gestão Tecnológica e Mídias no Contexto Escolar.

Neste módulo vamos abordar os aspectos envolvidos na gestão das tecnologias e mídias no contexto escolar visando potencializar o seu uso.

Vamos analisar e compreender conceitos fundamentais relacionados à temática e repensar o papel das tecnologias e mídias em várias instâncias do processo educacional.

Bom curso!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

O SOM DA INCLUSÃO

Linguagem de sinais aproxima jovens surdos e ouvintes, colegas do curso de Gestão de Pequenas Empresas em Montes Claros

FONTE: http://www.telecursotec.org.br/noticias.php?id=137

No Centro Estadual de Educação Continuada (Cesec) de Montes Claros (MG), a qualificação para o mercado de trabalho não é a única conquista dos alunos do Telecurso TEC. A inclusão social e o respeito às diferenças deu contornos especiais à uma turma de Gestão de Pequenas Empresas, da qual participam três alunos com deficiência auditiva.

Egressos do Ensino Médio do Cesec, estes estudantes manifestaram interesse pela formação técnica e, durante as aulas, contam com a presença constante da fonoaudióloga e tradutora de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) Edina de Cássia Silva (no centro da foto, cercada por alunos surdos da instituição). Em parceria com a Orientadora de Aprendizagem Eliane Feitosa, ela estuda previamente o material didático do curso, pesquisa sobre os principais conceitos que precisará traduzir e, eventualmente, colabora com o planejamento das aulas.

“Nossa interação é constante, assim como a dos alunos surdos e ouvintes, acostumados a trabalhar em grupos mistos. Exibimos somente vídeos legendados e, quando necessário, a Edina traduz em sinais a explicação de conceitos que nem todos dominam”, conta Eliane. Foi o que aconteceu na aula sobre tributação. “Me chamou a atenção o fato dos alunos surdos não terem contato anterior com a palavra imposto”, revela.

Relatos como este fazem refletir sobre o abismo que ainda separa muitos deficientes auditivos dos direitos e deveres comuns a qualquer cidadão. Mas, no PEP EJA, prevalece a sensação de que as oportunidades e desafios do mundo profissional serão comuns a todos os que se formarem. O tratamento sem discriminação contribui para que a aluna Simone Alquimim pense assim.

“Como surda, acredito que o curso pode ajudar a desenvolver o plano de carreira do meu atual emprego. A concorrência é cruel e, se não buscar profissionalização, você é engolido pela exigência de hoje. A metodologia do Telecurso TEC me proporciona amadurecimento profissional de forma instantânea, sei que estou fazendo a diferença e que, ao concluí-lo, serei capaz de abrir meu próprio negocio”, aposta a aluna, ajudante de produção em uma fábrica de tecidos local.

Papel social

Para ajudar uma colega surda que ameaçava abandonar os estudos por dificuldades financeiras, os alunos ouvintes promoveram rifas e incentivaram a venda de doces e salgados no próprio Cesec. Motivados pela convivência com os jovens surdos, alguns foram além: matricularam-se em um curso de LIBRAS, oferecido aos sábados em outra escola estadual de Montes Claros.

“Me sinto gratificada por fazer parte dessa inclusão”, comemora a orientadora Eliane. “Também retomei o estudo de LIBRAS, agora em nível avançado. Gosto muito de trabalhar com o público surdo, pois vemos o quanto eles estão lutando pra minimizar as próprias dificuldades.”

A fonoaudióloga Edina, por sua vez, iniciou o contato com a língua natural das comunidades surdas de forma voluntária, trabalhando em uma igreja. A crença no papel social desta atividade fez com que ela buscasse várias certificações como intérprete educacional – profissional cuja função é assegurar o acesso dos surdos à educação em todos os níveis, intermediando a comunicação entre os usuários da língua de sinais e da língua oral, o português.

"A Lei Federal nº10436, de 24 de abril de 2002, mostra que o aluno surdo faz uso do português como segunda língua e, portanto, tem direito ao intérprete. Sua primeira língua é LIBRAS. Isto, porém, não o isenta de aprender o português", esclarece Edina.

Em paralelo, para que a valorização e o respeito ao surdo sejam efetivos, o intérprete precisa atuar junto aos professores e às comunidades escolar e familiar.
“Amo o que faço e procuro levar a todos informações sobre essa diversidade, construindo uma relação de cooperação e estimulando, por exemplo, a relação direta entre funcionários da escola e surdos. No Cesec, nos sentimos como uma família e isso facilita o desempenho do meu trabalho”, confirma Edina.

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